24 de março de 2010

tão perto, tão longe

I need you so much closer...
Quando você vem e compartilha comigo seus desejos, seus abraços, seus beijos e seu afetos eu me sinto em posição fetal, a mais confortável e protetora que há, eu me sinto acolhida e quente, mesmo sem reação, mesmo sem cuidado, eu sinto como se você não fosse deixar a bicicleta cair, mesmo sem eu saber me equilibrar, não me passa pela cabeça a ideia de que alguma vez eu possa cair e me machucar. E é por isso que preciso de você tão perto, bem perto, perto de mim. Porque é assim que o conforto vem, pois sei que sem as mãos no guidom eu me sentirei segura pois você está comigo.
E quando você se vai às vezes é como se eu caisse ou como se eu tivesse que me sustentar em cima da corda bamba de qualquer jeito. E quando eu caio eu choro, como eu choro. E quando consigo me sustentar não posso me distrair, pois caio e choro. E se distrair faz bem, faz muito melhor do que o pensamento que gira e me faz ficar concentrada pra não desequilibrar. E eu chego a conclusão que você esteve perto demais para eu me sentir confortável. Acho que você me deixou segura demais pra de repente me fazer aprender a andar sozinha de bicicleta. E quando eu perco sua segurança o medo vem, o pensamento vem, o mal estar também.
Too Close for comfort...
mas como eu consigo igualar as duas formas de proximidade, o perto demais e o longe demais? Como eu consigo lidar contigo e comigo, e com todos os outros sem desequilibrar, sem prestar atenção e ao mesmo tempo tirar as mãos do guidom como se a direção estivesse ao vento?
Deixa estar, deixa viver.

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